Um romance de amor poderoso num Portugal que ansiava pela liberdade.
Tendo Lisboa como ponto de partida, a autora conta-nos a história de uma jovem, Amélia, de famílias respeitáveis, que põe o futuro e a honra a perder quando se deita com um agente da PIDE de modos delicados e linguagem sedutora, mas capaz das maiores crueldades. «Engravidada» e abandonada, a heroína deste romance acaba por endireitar a vida com um distinto colega de trabalho que casa com ela e a leva para Setúbal, de regresso a uma vida recatada e rotineira. Já diz a sabedoria popular que «podes fugir mas não te podes esconder» e Amélia é rapidamente descoberta pelo homem que lhe desgraçou a vida. A partir daí, o inferno bate-lhe à porta a espaços longos, enquanto o País se debate, medroso, com a agonia da ditadura e anseia, esperançoso, por uma liberdade que só chegará em Abril de 1974.
Um livro imperdível, com uma escrita fluida, que lembra a aclamada série da RTP, Conta-me como Foi, cheio de histórias de heróis e vilões anónimos, preconceitos e modas arrojadas, e o grande sonho da liberdade.
Alice Brito é advogada, defensora da causa feminista e cronista em periódicos on-line . Tem artigos publicados em revistas e participações com outros autores em alguns livros. Nasceu em Setúbal, cidade em que vive desde sempre, e onde se passam os seus romances. Em 2012 publicou o seu primeiro livro As Mulheres da Fonte Nova. O dia em que Estaline encontrou Picasso na biblioteca viu a luz do dia em 2015.
... Ler maisAlice Brito é mestre na arte de retratar o Portugal das décadas de 60 a 80, um Portugal que começava a despertar para a modernidade, ainda que aperreado pelo regime de Salazar. Descreve como ninguém a sociedade portuguesa no tempo da ditadura. As artimanhas da PIDE, a violência da guerra do Ultramar, as lutas estudantis, a crescente sede de liberdade e os primórdios da emancipação feminina. Mas também a vergonha de ter um filho sem pai.
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